2014: O ano que insiste em não terminar!
“Eu gosto mesmo é de triathlon”, pensava enquanto dirigia
pela estrada seguindo o carro do Buenão em direção à Toledo. Comecei na corrida, gosto muito de correr a ponto de considerar semana sem corrida como
semana sem treino; acho fascinante a natação, esporte que mais evoluí nos
últimos tempos e estou começando a encaixar o ciclismo na minha vida; mas não
há nada que me motive mais que uma prova de triathlon. Não sei se é a loucura
da transição, a frequência cardíaca que não abaixa ou se são as infinitas
variáveis, mas quando chego a um local de prova já sinto uma adrenalina absurda
e uma felicidade imensa.
Vou com esse espírito que cheguei para o Fast Triathlon de
Toledo. Na primeira edição estava lesionado e não pude participar, mas pirei no
projeto – MUITO LEGAL – e incrivelmente fácil de organizar e executar. São 3
baterias, onde se nada por 200m, pedala por 4km e corre por 1km. Descansa 15
minutos e cai na água de novo. Após cada bateria, anota-se o tempo e pontua os
atletas como a formula 1, 100 pontos para o primeiro, 85 para o segundo, 75,
65,60... e assim por diante. Ao final das 3 baterias, soma-se os pontos e
premia-se a partir de então. Nessa prova há também o revezamento, mas aí não
tem a pausa de 15 minutos.
Como todo mundo já sabe, meu foco no triathlon é o
endurance, então não me sinto confortável em provas rápidas, como fast ou
short, mas como falei para o Scotton depois da prova, não importa a distância,
a linha de chegada e a emoção são as mesmas. Além disso, tempos que apoiar o
esporte na nossa região. Já me propus, triathlon no Oeste eu só perco se
estiver lesionado. Chegando no local de realização da prova, já enxergando a
área de transição, veio aquela emoção parecida com a do Iron ou de Caiobá,
aquele friozinho na barriga de acomodar a bike na posição correta, capacete,
óculos, tênis...
Então fomos para o congresso técnico, sempre muito
importante em provas de triathlon, onde fomos orientados quanto a natação,
transição e dificuldades técnicas no ciclismo (como uma caçamba posicionada na
saída de uma curva). Na verdade é tudo muito simples, natação em piscina de
25m, transição por um gramado perfeito e um pouco de piso de concreto, ciclismo
com 4 voltas em uma quadra de 1km (4 curvas de 90º em cada volta) e depois a
corrida por essa mesma quadra. Natação tranquila, ciclismo muito técnico e
corrida tranquila. No congresso técnico fomos agraciados por uma bela recepção e todos sentimos que há realmente um interesse da prefeitura de Toledo de apoiar nosso esporte. Fiquei muito feliz com essa postura!
Após o congresso técnico, recebemos a pintura dos números
(recebi o número 2 – prelúdio?) e já fomos nos aquecer na piscina. Fiz 100
metros no migué, só para sentir a parede da piscina na virada e a saída da
piscina. Descobri que largaria na primeira bateria. A única ressalva em relação
à organização foi isso, pois penso que todos da mesma categoria deveriam largar
na mesma bateria e depois fiquei sabendo que isso não ocorreu. De qualquer
forma considerei a organização e o cuidado exemplares.
Largou a primeira bateria. Nadei feito um louco. Acho
inclusive que exagerei demais, fui na onda de acompanhar o Marcão na água e
queimei demais nessa perna da prova. Fiz a água muito bem, terminei a natação, respirei,
subi pela borda e quando comecei a correr bati o lap do garmin (3:18), quer
dizer, devo ter feito algo em torno de 3:10. Fui para a transição, calcei o tênis
(nesse tipo de prova, não vale a pena perder tempo colocando sapatilha) e fui
pedalar. Saí com a intenção de pegar a roda do Marcão, mas não rolou, ele
manteve a distância de 100m e depois abriu. Achei o circuito bem técnico mesmo,
as curvas são difíceis de fazer, a parte de subida (pequena) era numa rua bem
irregular. Fechei a perna de bike para 30.4km/h, deixei a bike e fui correr. A
corrida enxergava o Marcão ao longe e tentava não deixar abrir, sem referencia
do pessoal que vinha atrás, terminei a bateria em segundo, fechei a corrida em
4:17. Considerei bom.
* De cima para baixo eu sou o terceiro que aparece na foto, fiquei em terceiro em todas as baterias na natação.
Nos 15 minutos de descanso tomei bastante água, pois o calor
e o sol eram implacáveis, comi frutas e descansei. É muito difícil realmente
descansar nesse intervalo, mas o importante é baixar bem a frequência cardíaca.
Assistimos o desfecho da segunda bateria e fomos para a piscina novamente.
Quando entrei na piscina eu já sabia que não conseguiria
repetir a loucura da primeira bateria. Já iniciei um pouco mais leve, meio que
tentando poupar para a terceira e acabei acelerando somente nos 50m finais. Ao
sair da piscina e bater o lap (3:31), projeto uns 3:22 na água pois minha saída
não foi tão eficaz como a primeira, já percebi que estava mais lento. Repeti a boa transição. Iniciei o pedal com pouca força e isso fez
com que eu fosse ultrapassado por um triatleta de Palotina, mas curiosamente
ele ultrapassou e parou de acelerar, ataquei e desgarrei dele. No final da
ultima volta, percebi alguém atrás de mim e era o Professor Gasparini que
encostou e atacou, e permaneci na roda nos metros finais da bike. Fechei em
30.3km/h. Na corrida, saí atrás do João, mas sabia que seria improvável a
ultrapassagem, já que notoriamente ele é um corredor mais apto que eu. Usei-o
como coelho para manter um bom tempo na corrida. Fechei em 4:12.
Após descansar beeeeeem mais que no outro intervalo, fomos
para a terceira bateria separar os homens dos meninos. Saí forte, dando de tudo
na natação. Percebi que estava melhor que na segunda, mas inferior à loucura
que foi a primeira. Sai da piscina e bati o lap (3:31), mesmo tendo a percepção
de estar melhor e do próprio Prof. João me dizer que eu nadei muito forte a
terceira perna, o tempo foi o mesmo da segunda. Fui para a transição, peguei a
bike e pedalei forte. Fiz muita força. Como diria o amigo Cobo, fiz muita muita
muita muita, mas muita força para tentar sair para a corrida na frente do
Gasparini. Larguei a bike realmente à frente do João, mas antes da metade da
corrida fui alcançado e tive que apenas administrar o tempo. Fechei a bike com
30.0km/h de média e a corrida em 4:00. No fim, oficialmente, meus tempos foram:
16:12, 16:21, 16:19. Num balanço final achei bem interessante, principalmente
por ter mantido uma certa média, demonstrando consistência. E consistência é o
que eu preciso para provas de endurance.
No resultado final, 5º geral e 2º na categoria.
O pessoal da WestBikers fez barba, cabelo e bigode
conquistando o 1º lugar geral com Marcus, 3º com João Gasparini, 4º Alessandro
Maziero e 5º Matheus Tonello. O grande Buenão foi prejudicado pela categoria
muito abrangente ficou em 3º na categoria, Fabio Fonseca em 3º no revezamento
misto. Scotton curtiu a experiência da prova de revezamento e prometeu que ano
que vem vai participar solo e pegar troféu.
Scotton, Maziero, Matheus, Fabio, João e Dario
Professora Cleo, 1º Lugar Geral Feminino
Fábio Fonseca - 3º Lugar Revezamento Misto
Buenão, 3º Lugar Categoria 40+
Parabéns pelo segundo lugar na categoria Matheus. Achei sensacional o seu relato da prova.
ResponderExcluirAbraço e tudo de bom.
tutta-Baleias-PR
www.correndocorridas.blogspot.com.br
Valeu tutta!
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