terça-feira, 16 de dezembro de 2014

2º Fast Triathlon de Toledo – Relato de Prova por Matheus Tonello

2014: O ano que insiste em não terminar!

“Eu gosto mesmo é de triathlon”, pensava enquanto dirigia pela estrada seguindo o carro do Buenão em direção à Toledo. Comecei na corrida, gosto muito de correr a ponto de considerar semana sem corrida como semana sem treino; acho fascinante a natação, esporte que mais evoluí nos últimos tempos e estou começando a encaixar o ciclismo na minha vida; mas não há nada que me motive mais que uma prova de triathlon. Não sei se é a loucura da transição, a frequência cardíaca que não abaixa ou se são as infinitas variáveis, mas quando chego a um local de prova já sinto uma adrenalina absurda e uma felicidade imensa.

Vou com esse espírito que cheguei para o Fast Triathlon de Toledo. Na primeira edição estava lesionado e não pude participar, mas pirei no projeto – MUITO LEGAL – e incrivelmente fácil de organizar e executar. São 3 baterias, onde se nada por 200m, pedala por 4km e corre por 1km. Descansa 15 minutos e cai na água de novo. Após cada bateria, anota-se o tempo e pontua os atletas como a formula 1, 100 pontos para o primeiro, 85 para o segundo, 75, 65,60... e assim por diante. Ao final das 3 baterias, soma-se os pontos e premia-se a partir de então. Nessa prova há também o revezamento, mas aí não tem a pausa de 15 minutos.


Como todo mundo já sabe, meu foco no triathlon é o endurance, então não me sinto confortável em provas rápidas, como fast ou short, mas como falei para o Scotton depois da prova, não importa a distância, a linha de chegada e a emoção são as mesmas. Além disso, tempos que apoiar o esporte na nossa região. Já me propus, triathlon no Oeste eu só perco se estiver lesionado. Chegando no local de realização da prova, já enxergando a área de transição, veio aquela emoção parecida com a do Iron ou de Caiobá, aquele friozinho na barriga de acomodar a bike na posição correta, capacete, óculos, tênis...



Então fomos para o congresso técnico, sempre muito importante em provas de triathlon, onde fomos orientados quanto a natação, transição e dificuldades técnicas no ciclismo (como uma caçamba posicionada na saída de uma curva). Na verdade é tudo muito simples, natação em piscina de 25m, transição por um gramado perfeito e um pouco de piso de concreto, ciclismo com 4 voltas em uma quadra de 1km (4 curvas de 90º em cada volta) e depois a corrida por essa mesma quadra. Natação tranquila, ciclismo muito técnico e corrida tranquila. No congresso técnico fomos agraciados por uma bela recepção e todos sentimos que há realmente um interesse da prefeitura de Toledo de apoiar nosso esporte. Fiquei muito feliz com essa postura!



Após o congresso técnico, recebemos a pintura dos números (recebi o número 2 – prelúdio?) e já fomos nos aquecer na piscina. Fiz 100 metros no migué, só para sentir a parede da piscina na virada e a saída da piscina. Descobri que largaria na primeira bateria. A única ressalva em relação à organização foi isso, pois penso que todos da mesma categoria deveriam largar na mesma bateria e depois fiquei sabendo que isso não ocorreu. De qualquer forma considerei a organização e o cuidado exemplares.



Largou a primeira bateria. Nadei feito um louco. Acho inclusive que exagerei demais, fui na onda de acompanhar o Marcão na água e queimei demais nessa perna da prova. Fiz a água muito bem, terminei a natação, respirei, subi pela borda e quando comecei a correr bati o lap do garmin (3:18), quer dizer, devo ter feito algo em torno de 3:10. Fui para a transição, calcei o tênis (nesse tipo de prova, não vale a pena perder tempo colocando sapatilha) e fui pedalar. Saí com a intenção de pegar a roda do Marcão, mas não rolou, ele manteve a distância de 100m e depois abriu. Achei o circuito bem técnico mesmo, as curvas são difíceis de fazer, a parte de subida (pequena) era numa rua bem irregular. Fechei a perna de bike para 30.4km/h, deixei a bike e fui correr. A corrida enxergava o Marcão ao longe e tentava não deixar abrir, sem referencia do pessoal que vinha atrás, terminei a bateria em segundo, fechei a corrida em 4:17. Considerei bom.

* De cima para baixo eu sou o terceiro que aparece na foto, fiquei em terceiro em todas as baterias na natação.



Nos 15 minutos de descanso tomei bastante água, pois o calor e o sol eram implacáveis, comi frutas e descansei. É muito difícil realmente descansar nesse intervalo, mas o importante é baixar bem a frequência cardíaca. Assistimos o desfecho da segunda bateria e fomos para a piscina novamente.

Quando entrei na piscina eu já sabia que não conseguiria repetir a loucura da primeira bateria. Já iniciei um pouco mais leve, meio que tentando poupar para a terceira e acabei acelerando somente nos 50m finais. Ao sair da piscina e bater o lap (3:31), projeto uns 3:22 na água pois minha saída não foi tão eficaz como a primeira, já percebi que estava mais lento. Repeti a boa transição. Iniciei o pedal com pouca força e isso fez com que eu fosse ultrapassado por um triatleta de Palotina, mas curiosamente ele ultrapassou e parou de acelerar, ataquei e desgarrei dele. No final da ultima volta, percebi alguém atrás de mim e era o Professor Gasparini que encostou e atacou, e permaneci na roda nos metros finais da bike. Fechei em 30.3km/h. Na corrida, saí atrás do João, mas sabia que seria improvável a ultrapassagem, já que notoriamente ele é um corredor mais apto que eu. Usei-o como coelho para manter um bom tempo na corrida. Fechei em 4:12.


Após descansar beeeeeem mais que no outro intervalo, fomos para a terceira bateria separar os homens dos meninos. Saí forte, dando de tudo na natação. Percebi que estava melhor que na segunda, mas inferior à loucura que foi a primeira. Sai da piscina e bati o lap (3:31), mesmo tendo a percepção de estar melhor e do próprio Prof. João me dizer que eu nadei muito forte a terceira perna, o tempo foi o mesmo da segunda. Fui para a transição, peguei a bike e pedalei forte. Fiz muita força. Como diria o amigo Cobo, fiz muita muita muita muita, mas muita força para tentar sair para a corrida na frente do Gasparini. Larguei a bike realmente à frente do João, mas antes da metade da corrida fui alcançado e tive que apenas administrar o tempo. Fechei a bike com 30.0km/h de média e a corrida em 4:00. No fim, oficialmente, meus tempos foram: 16:12, 16:21, 16:19. Num balanço final achei bem interessante, principalmente por ter mantido uma certa média, demonstrando consistência. E consistência é o que eu preciso para provas de endurance.


No resultado final, 5º geral e 2º na categoria.



O pessoal da WestBikers fez barba, cabelo e bigode conquistando o 1º lugar geral com Marcus, 3º com João Gasparini, 4º Alessandro Maziero e 5º Matheus Tonello. O grande Buenão foi prejudicado pela categoria muito abrangente ficou em 3º na categoria, Fabio Fonseca em 3º no revezamento misto. Scotton curtiu a experiência da prova de revezamento e prometeu que ano que vem vai participar solo e pegar troféu.

Scotton, Maziero, Matheus, Fabio, João e Dario

 Professora Cleo, 1º Lugar Geral Feminino


Fábio Fonseca - 3º Lugar Revezamento Misto 

 Buenão, 3º Lugar Categoria 40+

Marcão - 1º Geral da Prova


Resultados Completos: em breve


2 comentários:

  1. Parabéns pelo segundo lugar na categoria Matheus. Achei sensacional o seu relato da prova.
    Abraço e tudo de bom.


    tutta-Baleias-PR
    www.correndocorridas.blogspot.com.br

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