Escrever sobre uma
prova de distância relativamente curta como a distância Olímpica (1500m Natação
x 40 km Bike x 10 km corrida) parece ter pouca relevância quando se vê que a
grande maioria dos relatos se refere a provas de long distance como o 70.3 ou
maiores, no entanto, para muitos, uma prova de 70.3 milhas pode parecer
inalcançável enquanto uma prova em distância olímpica é muito mais palpável,
então, vou compartilhar minha experiência esperando incentivar aos que ainda
não se aventuraram no triathlon ou àqueles que já estrearam no Short e estão
pensando em encarar um 1500m x 40 km x 10 km.
Antes quero compartilhar algo a mais:
Curriculun
Embora um veterano na vida (40 aninhos) sou um iniciante no
triathlon. Desde o início de 2014 fiz 3 provas (2 em Caiobá e 1 em Foz do
Iguaçu) e um simulado (em Cascavel), todos na distância Short (750m x 20km x
5km). Treinei de fevereiro a Julho em
2014 e depois parei geral por 7 meses devido a lesões no ombro e panturrilha
que acabaram me desmotivando e me fizeram parar até mesmo de pedalar, embora
nenhuma das lesões me impedisse de faze-lo.
Voltei as corridas leves em Março deste ano e a treinar
novamente as 3 modalidades em Maio, quando o amigo e compadre Adriano de
Quadros me trouxe para o grupo West Bikers Triathlon Team e me incentivou a
fazer o simulado preparatório para o Ecotri de Cascavel. Desde então, com
treinos de intensidade e volumes moderados / leves, respeitando muito os sinais
do corpo, tenho conseguido me manter em treinamento sem lesões.
Sonhos
Assim como todo o corredor, ou ao menos a maioria
deles, sonha em completar uma maratona,
acredito que todo o triatleta, ao menos uma grande parte deles, sonha com uma prova long distance. Comigo não
foi diferente, mau comecei a treinar e já sonhava em fazer um IronMan 70.3.
Cheguei a escolher uma prova para estrear (Pucón – Chile) mesmo antes de
estrear no Short. Fui também assistir
uma parte do 70.3 em Foz do Iguaçu, em 2014, e naquela ocasião, admirando toda
a estrutura, os atletas competindo, sentido o cheiro do desafio, disse para o amigo
Adriano que estava comigo: também vou
cruzar este pórtico!
Não demorou muito para entender que aquilo era apenas um
sonho. Um caminho longo deveria ser seguido antes de pensar nisso novamente. No
triathlon sonhar não basta, é preciso trabalhar duro, cumprir etapas, planejar
algo realista. Por isso admiro, MUITO, cada pessoa que conheço e que já
alcançou este estágio, esses caras não
são comuns, eles tem algo a mais, muito mais, eles tem disciplina, força de
vontade, tenacidade, capacidade de ir buscar seus objetivos, superar as
adversidades, e é por isso que quando eu “crescer”, quero ser como eles!
Dificuldades
Meu corpo demora um pouco a se adaptar, demora para se
recuperar de treinos mais longos ou mais intensos, o que acho natural, afinal,
não tenho mais 20 anos, nunca fui um
atleta e na minha família não temos histórico de atletas. A musculatura
posterior encurtada, uma perna mais curta que a outra, pisada
totalmente torta, um desequilíbrio muscular considerável (cerca de 20%) entre os lados direito e esquerdo do corpo,
logo, superar as limitações físicas já é um grande desafio, porém, havia um
outro fator limitante que somente descobri após fazer as primeiras provas de
triathlon. Eu sempre pensei ser forte mentalmente e me surpreendi com com o que meu psicológico me
impôs - uma barreira bastante difícil na
etapa da natação, barreira contra a qual tenho travado uma bela batalha.
A Barreira Mental
Nunca sofri qualquer trauma na água, um susto sequer, então,
não tenho a menor ideia de onde tirei tamanho desconforto ao nadar em uma prova
juntamente com outras pessoas. Se entro na água sozinho não há problemas, mas
largar em uma prova com dezenas ou centenas de nadadores ao mesmo tempo passou
a me causar uma sensação que eu jamais havia experimentado. A frequência cardíaca dispara, a respiração
encurta, o ar não chega mais aos pulmões, a musculatura enrijece completamente
a ponto de limitar os movimentos. Qualquer esbarrão em outro nadador provoca um
susto, não um susto qualquer, é algo
que me faz parar de nadar e quando se para outros nadadores começam a atropelar quem está parado ou muito
lento, é uma tortura, PÂNICO. Já abandonei uma prova 200m após a largada (a
primeira que tentei) e quase desisti em outra situação (confesso que fui até o
final somente porque minha esposa e filha estavam assistindo). É algo difícil
de descrever. Faço um paralelo com
aquela sensação de quem cruza o pórtico de chegada em uma prova de IronMan
– todos dizem que só se consegue saber como é aquela sensação quando se passa
por lá, então , o que sinto nestes momentos da natação também é assim, difícil
descrever, somente quem sente é que pode dimensionar. Para muitos pode parecer
apenas um MiMiMi, como se costuma dizer
para quem procura desculpas pelas suas fraquezas, mas para mim é muito mais que
isso, é motivo de guerra, guerra que estou travando comigo mesmo para superar
esta BARREIRA MENTAL.
A Prova de Guaratuba (20/09) – Etapa Insano (1500m x 40km x 10km)
Meus treinos não estavam adequados para tal volume, no
entanto, esta seria minha única chance de experimentar a distância olímpica
ainda este ano. Viagem de férias em novembro e período sem provas no final
deste e início do próximo ano, me deixaram sem outra alternativa, ou era esta,
ou somente após março de 2016 quando começa a nova temporada de provas.
Acabei me inspirando
na história de uma pessoa que ainda não conheço pessoalmente, mas já admiro, o
Ricardo Furlan. Explico: eu costumo me cobrar bastante por bons resultados, em
tudo. Fico sempre achando que tenho que ir além do máximo, não me permito
aproveitar, curtir, então, como fazer uma prova em distância olímpica sem estar
bem treinado para tal? Sem estar apto a brigar pelas primeiras posições dentro
da minha categoria? Era algo que estava me segurando para fazer a inscrição na
prova, então, ao saber da história do
Furlan no IronMan 70.3 deste ano em Foz, que fez a prova lesionado e ao invés
de se lamentar esse cara foi lá e aproveitou, curtiu todo o percurso, fez self
na transição, comeu e se hidratou sem pressa, fez amigos, FEZ SIMPLESMENTE O
QUE PODERIA FAZER, olhei para este
exemplo e decidi fazer da mesma forma, sem pressão, apenas o que eu pudesse
fazer e principalmente, aproveitar a brincadeira.
Tratei de procurar um parceiro para ir junto e dividir as
despesas, fiz minha inscrição e parti na companhia do Marcus Macedo e Aline
Bessa, aliás, excelentes e agradáveis companhias! Chegamos
a Guaratuba já perto das 21h e nos esperavam lá o Iduarte e o Chico Salvadori, amigos
que conheci neste dia, com os quais passamos o final de semana hospedados na
mesma casa e que se mostraram grandes camaradas (novas e boas amizades
florescendo).
Novos amigos.
No sábado, véspera da prova, por sugestão dos mais
experientes (Iduarte e Marcus) fomos nadar um pouco para ter um contato com mar
local, que diga-se de passagem, não estava muito amigável. O tempo estava
chuvoso, ventando bastante, a arrebentação começava longe da faixa de areia, as
ondas estavam, digamos, um pouco agressivas, e assim entramos na água. Nossa
experiência não durou mais que 5 ou 10 minutos. O mar estava revolto e eu me
senti um graveto sendo jogado de um lado para outro, logo fiquei com a sensação
de que não estava com a situação sob controle naquele momento e decidi sair da
água, o que não foi assim tão fácil, e para ajudar, uma onda camarada quebrou
exatamente sobre mim e levou meus óculos embora! Eu não me vi, mas sei que saí
da água meio branco, meio trêmulo, meio assustado. Foi inevitável pensar que se
o mar estivesse igual no domingo pela manhã eu não seria capaz de nadar, afinal
de contas, nadar em águas calmas entre os demais competidores já é bastante
difícil, imagina com o mar daquele jeito! Deste momento em diante, aquela
sensação mais agradável de fazer a prova apenas para experimentar e curtir
simplesmente sumiu, deu lugar a uma tensão bastante desagradável. A noite fomos
ao congresso técnico onde comprei óculos novos e jantamos, aliás, o jantar não
desceu muito bem, eu parecia ter um nó
no estômago. Voltamos para casa, arrumamos as tralhas, preparamos as bikes,
conferimos os detalhes, separamos as roupas, e eu me sentia uma barata tonta,
ia de um lado para outro pegar uma ou outra coisa e voltava sem nada, era a Barreira Mental que estava agindo. A noite
de sono não foi das melhores e por volta das 5hr levantamos e fomos tomar café.
Neste momento eu só pensava em ver como estava o mar. O céu amanheceu limpo, não
tinha vento e quando coloquei os olhos no mar foi aliviador. Estava muito mais
calmo que no dia anterior e isso me tranquilizou bastante, não como eu
gostaria, mas fiquei mais tranquilo. Fizemos o bike check in e fui para a areia
assistir a largada da turma do Short que aconteceu 40min antes da nossa. Minha esposa me enviou uma mensagem me
incentivando a não me preocupar com o tempo, apenas cumprir o percurso e
aproveitar a prova, então pensei: está tudo sob controle, mar normal, é só ir
lá e nadar tranquilamente!
Tensão pré largada.
Cacete, não foi simples assim! Logo que o pessoal do Short
começou a sair da água me dei conta do tempo que restava para minha largada e
comecei a suar frio. Deu dor de barriga, um leve enjôo, boca seca e a medida
que o tempo passava eu sentia o coração mais acelerado. Fechei minha roupa,
vesti a touca, preparei os óculos e entrei na água para tentar relaxar. Nadei
por alguns minutos na tentativa de soltar a musculatura que já estava
enrijecida. O braço esquerdo mau conseguia esticar para fazer o movimento da
braçada, caramba, pensei: será que vou amarelar de novo? Insisti, fui em
direção as ondas, furei algumas como haviam me orientado o Marcus e o Iduarte,
me soltei na água para sentir para onde a corrente estava puxando e depois
nadei parte do trajeto até a primeira bóia, passando a arrebentação, e então
voltei tentando encontrar a forma de aproveitar as ondas no retorno. Ok,
rapidinho estava na areia novamente, relaxei um pouco mais e fiquei repetindo
mentalmente: você pode fazer isso, você já fez outras vezes
e vai fazer novamente, é só se acalmar!
Momentos antes da largada
Fui para o pórtico de largada, já estavam todos lá, quase
cheguei atrasado, Rssssss. Fui bem para trás e planejei deixar todos entrarem
na água e definirem suas posições para depois eu encontrar uma trajetória o
mais longe possível dos demais. A tensão aumentou novamente, a roupa pareceu
ficar apertada repentinamente e começou a me sufocar. Felizmente, antes que tudo
piorasse, foi dada a largada. Não corri, fui caminhando até a água e procurando
um espaço vazio, difícil com outros 150 nadadores na água. Me afastei um pouco
mais para a direita, pelo lado de fora e entrei na água com um único
pensamento: VOCÊ VAI CONSEGUIR!
Ondas engolidoras de óculos!
Passar a arrebentação não foi muito difícil, até chegar na
primeira bóia não esbarrei em ninguém e contorna-la foi tranquilo, éramos
poucos lá atrás. Segui no ritmo e comecei a me sentir mais calmo. Estava dando
certo, auto controle , eu estava me
vencendo. O mar estava rápido e não demorou até chegar à segunda bóia,
contornei tranquilamente, bem por fora para não entrar em confronto com os
demais, e mirei o pórtico na praia, no ponto onde deveríamos sair do mar, contornar uma outra bóia fora da água e retornar
para uma segunda volta (seriam 2 voltas de 750m cada). Tudo correndo bem até
que uma outra onda invocada me acertou em cheio novamente, já perto da areia, quebrou forte sobre mim e
adivinha: levou meus novos óculos embora mais uma vez. Eu não podia acreditar
naquilo, estava tudo indo bem, só mais uma volta e cumprir o percurso, me
sentia mais solto, a tensão tinha ido embora e eu estava quase me sentindo
confortável. Olhei envolta e nada dos óculos, saí da água, procurei mas não vi
ninguém conhecido (tinha esperança de
pedir os óculos de alguém, rsssss, desespero puro), olhei para o mar, todos que
estavam atrás de mim na água já contornando a bóia e voltando para o mar. Eu
precisava tomar uma decisão: ou iria sem os óculos ou nunca mais faria aquilo
novamente. Falei para mim mesmo: é pegar ou largar meu amigo! E então, o
instinto de encarar desafios falou mais alto e voltei para água, até com um
certo ar de afronta, como quem é desafiado, vai para a briga e parte para cima.
Entrei no mar, furei ondas, me atrapalhei todo até achar um jeito de respirar,
tomei uns goles d´água e torci muito para que não houvesse nenhuma
possibilidade de alguém ou um drone estar me filmando naquele momento, seriam
imagens de filme de comédia, sem dúvida! Nadei estilo sei lá eu o que, cabeça
fora da água bufando o tempo todo, literalmente brigando com a água, mas nadei,
nadei até o fim e quando estava retornando para a praia, já no fim do percurso,
ainda deu tempo de pensar: pode vir onda do c...., pode vir e quebrar sobre mim
novamente que desta vez não me levará os óculos, kkkkkk. Estava relaxado neste momento, já havia
começado a curtir a minha prova.
Fui para T1 numa boa,
tirei a roupa, passei protetor solar (o sol já estava pegando forte) e ouvi a
Aline e o Marcus gritarem meu nome – Vaaai Jeaaan!! Foi ótimo, me deu mais
ânimo. Saí pela transição gritando para eles que havia perdido os óculos
novamente, eufórico, me sentindo bem e pronto para o pedal. Fui o último da
categoria Olímpico a sair da água, foram 32min13s (com a T1), depois de mim
apenas um pequeno grupo de mulheres que estavam na prova da distância Insano
(1500m x 60km x 10km), então, pedalar foi ótimo, passei muita gente. O percurso
bastante plano e sem vento favoreceu um pedal rápido, foram 35km/hr de média,
com 38km no total (2km a menos do que o previsto). Fiz o máximo que pude no
pedal e cumpri o percurso com 1h04´49 (24º
tempo geral), um ótimo tempo para meu nível de treinamento. Em um
percurso plano a cadência é mais constante, não se descansa, não há descidas
para soltar, é pedal 100% do tempo. Passei pelo Iduarte perto do km 20 e ele
estava sem água, havia perdido suas garrafinhas em um dos quebra molas (uns
perdem óculos outros garrafinhas, kkkk). Dei a minha com isotônico para ele, afinal ele teria 20km a mais do que
eu, e seguimos em frente, sempre
próximos. Cheguei na T2 com a sensação de que minha corrida seria muito boa, estava me sentindo inteiro.
Consigo manter um pace 4min/km nas provas de Short, então, imaginei manter algo
em torno de 4`25 / min nos 10 km, o que daria
aprox. 44min de corrida. Fiz a T2
rapidamente, peguei um gel de carboidrato e saí acelerado!
T2 – da bike para a corrida
Não tenho GPS, marco
meu ritmo pela sensação do esforço (da para ter uma noção aproximada), e
senti que iniciei muito bem, estava próximo ao pace imaginado, logo, era apenas
correr minha melhor modalidade. Comi o gel, mas foi difícil, não desceu bem.
Depois de uns 10 min senti que o calor começou a pegar. Já era perto das 10hr
da manhã, sol a pino e o calor
aumentando. Segui em frente, peguei água no ponto de hidratação e não tomei, me
refresquei. O percurso seria de duas voltas de 5km e segui firme no pace até
fechar a primeira volta, quando o desgaste começou a pegar. O pedal havia sido
forte e eu estava entrando em uma dimensão para mim desconhecida no triathlon, minha corrida forte ia sempre
até os 5km, depois diminuía ou parava, era para isso que eu estava treinando,
agora teria ainda mais 5km pela frente. Passei pela área de transição completando
os primeiros 5km e ali estavam novamente o Marcus e a Aline esperando para dar
força, a Aline gritou: Força Jean e o Marcus esticou a mão para me
cumprimentar, bati na mão dele com força, já não tinha mais total controle
sobre os movimentos, não sei a dele, mas a minha mão doeu, Rssss
A segunda volta foi sofrida, cansei, diminuí
consideravelmente o pace, mas era o que conseguia fazer, as pernas começaram a
pesar, a noite mau dormida, a tensão do dia anterior e da pré largada, o nado
atrapalhado sem óculos, a alimentação um pouco aquém do necessário começaram a
fazer diferença. Segui em frente e tudo o que queria era um balde de água
gelada na cabeça. Não tinha muita sede, apenas sentia muito calor e fadiga nas
pernas. Senti que me arrrastei até o final mas ainda consegui dar um Sprint na
chegada, não para melhorar o tempo, mas porque logo atrás de mim vinha um
carinha bufando e percebi que ele me alcançaria correndo o risco de chegar 5metros na minha frente e então me
tiraria a chance de levar no peito a faixa da linha de chegada, sem falar que
eu ficaria em segundo plano na foto, Rsss,. Acelerei e o deixei alguns metros
atrás.
O tempo total está defasado porque conta desde a largada do
Short, 40min antes.
Cruzei a linha de chegada com 2:24:52, 27º no geral. Minha
corrida foi de 47min49s (com a T2), pace aprox.. 4`40 / km, abaixo do que eu
gostaria, mas ainda assim o 9º melhor tempo no geral, o que mostra como foi
difícil correr naquele calor.
Ótimo resultado mesmo
com os 2km a menos no pedal. Mas o melhor não foi o tempo alcançado, o melhor foi o que aprendi
com esta experiência.
Emoção
As Lições
Sempre podemos tirar aprendizados em quaisquer situações,
talvez nas mais difíceis seja de onde tiramos os melhores/maiores. Bem, para
mim foi bastante difícil dar aquela largada, foi difícil decidir continuar sem
os óculos mas nada foi mais difícil do que aceitar que eu tenho minhas Barreiras Mentais.
Me sinto mais a vontade agora, aceito que as tenho, só NÃO ACEITO MAIS SER
VENCIDO POR ELAS.
Sou um tanto individualista e não costumo partilhar emoções,
muitas vezes acreditei não precisar de incentivos, do tipo - vou lá e
faço o que eu quiser, na hora em que eu quiser, sozinho mesmo. INOCENTE!
Precisei ser trazido de volta ao Triathlon por insistência
do Adriano, precisei me tornar parte do West Bikers Team para me motivar
novamente, precisei receber aquela mensagem da minha esposa para entender que
não precisa nada mais do simplesmente não desistir, e não sabia que os gritos
de incentivo do Marcus e da Aline seriam tão importantes naquele dia.
Até escrever este relato foi um pouco difícil, não faz parte
do meu ser. Quando o Adriano de Quadros me sugeriu faze-lo eu imediatamente
relutei, mas depois pensei: por que não? Mais uma oportunidade de dar um passo
a frente, fazer algo diferente e quem sabe incentivar outros que possam ter
dificuldades parecidas com as minhas. E
está aí, nem doeu!! Rssssss
Novas Metas
Não parar, simples assim. A meta é não parar. Continuar
respeitando os sinais do corpo e ir enfrente, um passo de cada vez, e quem sabe
ter novas experiências para
compartilhar!